inventam-se


inventam sem pressas

os dias por onde

o sol

se bebe

 

alimentam-se

de memórias e espanto

são a espera

depois de terem sido

o assobiar às ovelhas

as hortas por regar

as batatas o centeio

o queijo

 

dão-lhes cadeiras

com vista para o futuro

e ele é o sol

 

sorriem ainda

ao verem-se na serra

onde já não

 

inventam-se

 

(covilhã)

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